Sinceros

Confusões, esperanças, sonhos, ambições. Todas as divagações que três mentes, distantes no espaço mas não no tempo, podem alimentar serão expostas neste blog. O tudo e o nada servirão de temas para as excentricidades destes loucos!

domingo, novembro 27, 2005

Conselheiro

Já fui de tudo um pouco na vida; Filho, peão de obra, chefe de setor, dentre outras coisas... Mas a minha real profissão sempre foi a de "conselheiro".
Já pensei em ser padre (não está totalmente fora de questão), pois que profissão melhor para exercer meus dotes conselheiristicos? O problema é o celibato. Ser tarado as vezes é um problema.
Pensei em ser psicólogo, mas não sou louco o suficiente pra passar o dia todo escutando problemas e dando conselhos.
Acho que minha sina é ser um conselheiro free-lancer, meio-expediente, sem hora certa nem local determinado.
Digo isso porque algumas pessoas, completamente deconhecidas e mesmo as conhecidas, simplesmente sentam ao meu lado e começam a desfiar um rosário de problemas. Sinto-me lisongeado, pois elas devem acreditar que algo do que eu disser poderá servir de auxilio naquele momento. Mas será que não estão enganados?
Mas o pior é quando dou conselhos sem ser solicitado a isso. Ai sim minha megalomania chega a pincaros!
Talves eu devesse me auto-aconselhar e parar com essa mania de grandeza, pois só pode ser por isso que ainda me meto a dar conselhos, quando eu mesmo não sei o que fazer da minha vida.
Não que tenha "muitos" problemas (poucos tambem não são). Tenho sim, muitas ideias pra resolve-los, mas nenhuma me parece adequada.
Ah.. se eu fosse tão bom resolvendo os impasses da minha vida, meus problemas sentimentais, meus imbróglios amorosos, como sou dando conselhos.
Só me resta, enfim, dar aos outros aquilo que eu mesmo não acato, os meus conselhos.
Só queria saber se algum deles já serviu pra alguma coisa, alem de levar a pessoa a se atirar do local mais alto que encontrou... coitadas.

|

quarta-feira, novembro 16, 2005

Conselhos

Critique!
Critique a vida que não te dá o que desejas...
Critique a mim que te amo mais do que deveria...
Critique a ti, que não entende a ti mesma...
Ame!
Ame a saudade que te dá durante a noite, quando as cobertas de tua cama lembram o meu calor aquecendo teu corpo...
Ame o luar, pois nele te vislumbro todas as noites...
Ame a chuva que bate na janela naquele temporal imenso, pois lembro de ti todas as vezes...
Corra!
Corra da inércia que te prende ao mesmo lugar a tanto tempo...
Corra da prudência que não tem te ajudado a criticar a vida...
Corra da selvageria que te arrasta inerte, ao encontro do que não desejas...
Viva!
Viva como se nada houvesse a te preocupar...
Viva como se estivesse ao meu lado, confortada entre meus braços, recostada em meu peito...
Viva como se amasse a tudo e a todos, e tudo e todos te amassem como se a unica mulher sobre a terra fosse...
Olhe!
Olhe a grama que cresce e nela, descalça, passeia teus pés....
Olhe o céu e veja as estrelas que brilham só pra ti e, onde eu estiver, verei teus olhos nelas refletidos...
Olhe de frente aqueles que te impedem de viver, só assim não irão te apunhalar pelas costas....
Chore!
Chore de dor pelos teus sonhos desfeitos e de felicidade por aqueles que realizarás...
Chore de emoção com a visão do pôr-do-sol pela tua janela....
Chore por que teu coração não é de pedra...
Só!
Só não te deixe que de teu peito arranquem teu coração...
Só não deixe que esmaguem teus sonhos...
Só não deixe de amar, de viver, de chorar...

|

segunda-feira, novembro 14, 2005

Quod nutruit me, destruit me

O que não me mata me fortalece. Tenho sérias restrições a respeito dessa frase, para mim, o que não me mata, me mata aos poucos, criando feridas, uma por cima das outras, sob a forma da amargura, da dor, da mágoa, que me envenenam o sangue.
Estou farta de ver a minha vida se repetir, estou cansada das mesmas injustiças acontecerem comigo e com quem me sucede, da mesma forma. E não importa o quanto eu chore, esperneie, sofra, grite e implore por ajuda quem deveria, fecha os olhos, emudece e me dá as costas, numa atitude conivente com as atrocidades que cometem. É duro perceber que isso resume a verdade: NÃO IMPORTA O QUANTO EU ME IMPORTE, ALGUMAS PESSOAS SIMPLESMENTE NÃO SE IMPORTAM.
Hoje deixo de lado toda a pretensão estética que os meus textos possam ter e assumo unicamente o tom de desabafo, de desconsolo e de abandono, por mais piegas que isso possa parecer. Preciso desesperadamente gritar em palavras escritas, já que as palavras ditas se perdem no vácuo dessas mentes sórdidas que me cercam.
Quantas lágrimas amargas já queimaram meus olhos e as dores mais lancinantes vergastaram o meu ser e de todas as apunhaladas soturnas que aniquilaram esse coração estúpido que insiste em se manter vivo.
Não suporto mais esse medo torturante, esses gritos histéricos e maníacos cheios da demência mais insana e da insanidade mais demente.
chega!!! Já não consigo mais ir adiante a minha cabeça pesa mil toneladas e dói demais.
Do meu Caderno de Anotar a Vida em 31/10/05.

|

sexta-feira, novembro 11, 2005

Quando alguém quer estar em nosso coração

Hoje alguém veio e me disse que sentia seu coração quente, livre e esperançoso, que uma certa mão gélida e torturante que o aprisionou por longos anos simplesmente fora vencida. Hoje alguém veio e me disse o quanto os seus problemas se tornaram mais amenos, e o quanto o seu pesar se transformou em alegria, que o seu sorriso havia abandonado a mordaz ironia, e simplesmente sorria de contente, um contentamento sem começo, nem fim, nem pretensioso de si e nem temeroso do amanhã. Hoje alguém me relatava pormenorizadamente os encantos de sua alma que um dia foi tão fria, escura e sombria e de como tudo virou luz...de como a lua passou a espreitar a sua janela e o vento sussurrar bons sonhos em seus ouvidos, de como era abrir os olhos pela manhã e tocar o orvalho refletido em suor num corpo descansado envolto em lençóis, que dormia sorrindo uma felicidade, de como um olhar é aconchegante e toca uma alma e de como se sentir amado é reconfortante e apaga qualquer ferida.

|

sexta-feira, novembro 04, 2005

E o silêncio permanece, cala todas as vozes, aprisiona almas, encerra mágoas que deveriam ter sido colocadas para fora. Já li em algum lugar, alguém que dizia o quanto o silêncio era sublime, e o quanto o silêncio falava...dificilmente o silêncio comunica, dificilmente ele expressa...muito pelo contrário, ele é sorrateiro e soturno...cria abismos e tornam desconhecidos quem vive ao lado...nada é tão omisso quanto um silêncio, porque ele omite até a própria vontade de dizer que você se importa com aquilo que você cala.

|

Powered by Blogger

Thunderbird em português Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com