Sinceros

Confusões, esperanças, sonhos, ambições. Todas as divagações que três mentes, distantes no espaço mas não no tempo, podem alimentar serão expostas neste blog. O tudo e o nada servirão de temas para as excentricidades destes loucos!

domingo, maio 15, 2005

Percorria a estrada que levava aquela praia deserta certo de que lá, enfim, não teria viva alma para interromper meus idilios, meus pensamentos, minhas divagações. Ou seja, não teria ninguem para interromper a leitura de meus livros.
Fazia meses que eu vinha empilhando os livros, certo de que na semana seguinte eu teria um minuto ou dois para por a leitura em dia. Ledo engano.
Marmotinha. Que nome esquisito para uma praia, mas enfim, era uma praia remota, de dificilimo acesso, o que menos me preocupava era o nome da dita cuja.
Eu ia apreciando a vegetação, as flores, as arvores, sempre a procura de algo estranho se mexendo no meio das folhas caidas, ja que como bom "homo urbanus" tenho uma certa tendencia a "recear" as criaturas moventes que desconheço.
Ao separar dois ramos de um arbusto, me extasio diante daquele quadro sem igual... A areia branca, o mar tão verde que parecia ter sido pintado naquele instante, o horizonte ao longe me dava vertigens, tanta era a beleza daquele lugar.
Percorri a praia a procura de intrusos, pois aquela agora era a MINHA praia, meu refugio, minha morada pela proximas duas semanas.
Montei meu acampamento proximo a um paredão rochoso, no qual pensei em me aventurar em uma escalada, mas devido ao me fisico arredondado (obesidade mudou de nome...) preferi sentar-me de frente para a praia e começar um belo livro de detetive.
Não sei se foi o livro ou se o esforço para chegar até ali tinham me afetado, o certo era que sentia a todo o momento ser observado. Tinha a certeza absoluta de que não estava sozinho. Minhas mãos começaram a tremer em determinado momento, mas não havia nada ali alem de mim e das arvores. Até a agua estava quieta.
Tentei por a cabeça no lugar e me controlar. Alias, coisa facil quando o estomago começa a roncar e esta na hora de jantar.
Deitei-me já esquecido da vida, só pensando no quão recompensador era poder dormir até o sol estar alto no céu.
Acordei bem disposto, porem ao fazer o cafe, notei que algo estava faltando. A cafeteira, claro!!! Mas eu a havia usado a noite.
Eu estava certo, havia alguem me observando e agora estava brincando comigo antes de me estripar e jogar o resto no mar, talvez estivesse até pensando em usar minhas gordurinhas para fritar algum macaco que ele houvesse caçado.
Armei então minha estratégia de sobrevivencia, esquecendo o café e o estomago. Por tras ele não poderia atacar, a menos que fosse uma cruza de esquilo com aranha, pois aquele paredão era muito inclinado e, para se aproximar, somente me encarando de frente. Nunca queiram enfrentar um gordo com fome e assustado, voces nunca saberão o que aconteceu até acordarem na UTI do hospital.
A noite caia, então tive a brilhante idéia de me esconder fora da barraca e aguardar que aquele louco viesse me roubar novamente.
Foi ai que percebi o movimento, algo pequeno vinha em direção a minha barraca, mas não consegui ver o que era, senti aquele pavor subindo pela minha espinha...
ouço o barulho de algo remexendo minhas coisas dentro da barraca, mas como não divisei ninguem entrando nela?
Enchi-me com o restinho de coragem que havia sobrado e fui até lá, iria olhar na cara do louco homicida antes de enterrar-lhe nos cornos a colher de pau que eu levava!
Pé ante pé, me aproximo da entrada da barraca... ao olhar lá dentro, espanto!!!!
era só um Quati, bichinho inofensivo!!! cai na gargalhada, quase histérica. Foi por isso que não ouvi os passos, e mal senti a faca enterrada nas minhas costas.
Agora, estou aqui, atirado no meio do mar, boiando, me esvaindo em sangue e pensando:
Eu odeio livros.

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quarta-feira, maio 04, 2005

Atualizações

Sei que temos deixado este espaço privilegiado sem atualizações, porem todos estamos passando por um periodo de criatividade zero.
Falo por mim mesmo, pois o post de hoje foi abaixo da critica.

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Presentes

Dia de Natal, Marcio desce correndo as escadas procurando por seus pais.
- Cade voce mãe? Cade o Pai?
Silêncio, nenhum barulhinho em nenhum canto da casa. Nada em lugar algum que denote que aquele é um dia festivo. Mesmo seus presentes, que normalmente estariam aos pés de sua cama, não estavam lá.
Muito estranho...
Aos 30 anos, Marcio ainda corre atras dos seus presentes e de seus pais, mesmo morando sozinho e seus pais em outra cidade.
Triste vida...

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