Sinceros

Confusões, esperanças, sonhos, ambições. Todas as divagações que três mentes, distantes no espaço mas não no tempo, podem alimentar serão expostas neste blog. O tudo e o nada servirão de temas para as excentricidades destes loucos!

domingo, janeiro 22, 2006

PARABÉNS!!!

Um ano atrás, uma mulher incrível teve uma idéia digna dela mesma, criar um blog para postarmos juntos, já que cada um tinha seu próprio blog, escrevendo sobre as sandices do dia a dia separadamente.
Ela descobriu meu blog, puxou conversa e naquele dia ganhei uma amiga lá da longuinqua São Paulo (pra mim, que moro no RS é longe pra burro...).
Por isso Mell, codinome da bela Jeane, quero te dizer que se não fosses tu, provavelmente eu já teria parado de escrever. Por isso te agradeço. Teus textos são a inspiração para que eu continue escrevendo, posto que um dia quero poder dizer: Esse ficou digno da Mell.
Algum tempo depois, uma linda senhorita se juntou a dupla de dois, e o Sinceros passou a contar com o Talento (com T maiusculo mesmo)da Arrow, que com seus postas repletos de sentimento e dor, felicidades ocultas nas entrelinhas pelos pequenos acontecimentos em sua vida, que talves nem ela mesma saiba que estão ali, escondidinhos, trouxe para o sinceros mais beleza, pois um blog com duas meninas é bem melhor.
Enfim, um ano em que talvez tenhamos escrito textos esparsos, mas que são aguardados com muita ansiedade por mim, em que cada nova linha conduz a um novo extase.
Meninas, só tenho a lhes dizer que sem vocês, eu não estaria tão feliz e, mesmo quando nos momentos de abandono e tristeza, venho aqui e releio o que escrevemos, não há como não abrir um sorriso, por menor que seja, e pensar: Lá no fundo, somos felizes aqui.

|

sexta-feira, janeiro 20, 2006

DAS HORAS QUE JÁ PASSARAM

Já se passaram algumas horas desde que você se foi. Desde que você puxou a porta escondendo o pouco que eu ainda podia ver de você. E aqui ficaram as suas coisas espalhadas, em cada canto da casa tenho que encontrar um sorriso teu se esgueirando pelo quarto, com o teu cheiro dentro do meu armário. Já se passaram algumas horas desde que você foi para nunca mais voltar, e apesar de ter pedido para você ficar, com toda a insistência impaciente de uma criança e com um nó na garganta de quem já não quer mais ver nada do que era bom se esvaindo entre os dedos e sem poder fazer nada para evitar que os sorrisos e o brilho dos olhos se perdessem.
Você foi, pegou os sentimentos que você deu para mim, jogou-os numa mala e por aquela porta saiu arrastando-a. Eu só consegui procurar a escuridão, deitar meus ossos e a minha carne, fechar os olhos e esquecer que a vida existe, que ela existe sem você, que ela existe tão cinzenta e feia sem você, que as cores desbotaram e escorreram, desde que as suas gargalhadas não ressoam mais na minha alma. E sussurrar teu nome torna meu hálito gélido, porque o meu nome já não sopra mais da tua boca. As luzes se apagaram, e o verão foi embora, meus olhos já não são mais vivos e se cegaram a olhar somente as minhas lembranças e deixaram de ver o caminho que segue. Tudo diante de mim se movimenta numa lentidão torturante porque a minha cabeça já misturou realidade com imaginação e lembrar suga a força dos meus braços e o coração bate em dores.
Desde que você se foi o ar tem um gosto amargo e a minha imagem no espelho é infeliz, uns tons de preto tornaram meus olhos mais fundos, a minha pele ficou pálida e a minha boca perdeu a cor, como se meu sangue tivesse deixado de correr forte e quente pelas minhas veias. Desde que você se foi, acordar me destrói os nervos, arrebenta os músculos e talha o sangue, porque quando a minha mente desperta ela mesma se encarrega de lembrar que você fechou a porta para nunca mais voltar e que eu já não vou mais me emaranhar nos teus pêlos, mergulhar minhas mãos nos teus cabelos, e deslizar no teu suor, que a minha boca já não vai mais sentir o gosto forte, doce e denso dos teus beijos.
E lembrar que você se foi e eu permaneci sentada, dizendo um monte de sandices para te convencer a ficar. Guardei o teu último abraço na memória porque desde que voê se foi a minha cabeça não tem mais o teu peito para se apoiar, esquecer de tudo e só acompanhar o movimento cadenciado da tua respiração, nem o calor calmante dos teus beijos e nem o roçar dos teus dedos nos meus ombros. desde que você fechou a porta da nossa casa as minhas pernas já não têm mais onde se entrelaçarem, os meus cabelos perderam os cachos que costumavam ter quando você misturando o teu suor com as tuas mãos os deixavam lindos, e a minha boca tinha uma cor quente e úmida, meu rosto um rubor extasiado e os meus olhos quase negros se tornavam.
Já se passaram algumas horas desde que você se foi e eu achei que você iria voltar, me dizendo que se enganou e que é frio e triste lá fora, mas frio e triste ficou aqui dentro sem as tuas gargalhadas debochadas, sem a tua fúria exata, sem a tua sabedoria e obstinação encantadoras e sem a tua voz calma e forte. Tento esconder a minha trsiteza entre risadas falsas e a minha desolação numa calma fingida, os meus soluços num silêncio cheio de ruídos. O meu olhar continua vagando o nada, desde que você se foi e eu fiquei aqui com as mãos cheias de flores mortas.

|

domingo, janeiro 08, 2006

Uma história de amor.

Essa é uma história de amor, mas não pense logo em uma história de amor triste, como a de Romeu e Julieta ou Tristão e Isolda. Nada disso, essa é uma história alegre.
Um amor alegre e puro, de uma menina e seu grande amor, da aventura pela qual passaram até ficarem juntos e poderem desfrutar do calor um do outro nas noites de inverno e do frescor de um banho de chuva no calor abrasador de um dia de verão (apesar dele ser meio avesso a banhos).
Tudo começou - pois todas as histórias devem ter um belo começo - em um lindo dia de sol, quando angélica passeava pelo parque, em meio as árvores frondosas, a relva macia e aos trinados dos passaros. Foi nesse dia e em meio aos seus devaneios de menina que ela o viu, deitado na relva, como um animalzinho desamparado que era, mas com uma expressão de felicidade no belo semblante. Nesse mesmo instante angélica se apaixonou por Bernardo.
Mas não era um amor doido, desvairado, mas sim uma paixão imediata e mansa, como só as meninas podem ter.
Não me pergunte por que ela ficou ali horas olhando-o. Se foram seus olhos castanhos, se a graça com que se espreguiçava na grama, se tudo isso junto. Tudo o que sei é que Angélica sabia que nada mais em sua vida importava se não tivesse Bernardo consigo.
Porem não seria tão facil para os dois permanecerem juntos!!! O primeiro passo teve de ser dado por Angélica, que se aproximou dele de mansinho, quase como se não quisesse assusta-lo. Bernardo não deu muita bola pra ela, mas como o amor, o verdadeiro amor é algo reciproco e forte, que nos deixa sem folego e faz o céu tremer ante a possibilidade de não estarmos com a pessoa amada, quando Bernardo deu uma segunda olhada em Angélica, ele tambem já estava irremediavelmente apaixonado.
Nesse instante mágico, algo aconteceu, pois entre Angélica e Bernardo várias pessoas passaram correndo. Era uma maratona! Bernardo, coitado, teve de sair correndo tambem para não ser atropelado e Angélica ficou ali parada um segundo, até conseguir se recuperar do susto e correr atras de seu amor.
Ela foi encontra-lo no laguinho do parque, quase se afogando! Conseguiu a muito custo ajuda-lo a sair da água, mais morto que vivo, sem poder dar um pio de tão cansado, mas expressando todo o agradecimento e amor através daqueles grandes olhos castanhos.
Como estava ficando tarde, Angélica tinha de ir para casa e resolveu levar Bernardo para apresentar aos seus pais (como as meninas são ingênuas nessa idade...), achando que eles tambem iriam adora-lo.
Mal chegaram em casa, porem, Dona Marta já ia expulsando Bernardo, com uma má educação que espantou muito Angélica, pois sua mãe não cansava de dizer que as meninas tem de ser muito bem educadas.
Angélica saiu porta a fora atras de Bernardo, chorando muito, como se todas as lágrimas do mundo estivessem rebentando de seus olhos.
Foi encontra-lo debaixo da figueira grande do vizinho, muito amuado, coitado, pois nem queria saber de Angélica - Mesmo um grande amor fica abalado após um episódio desses.
Depois de muitos carinhos e afagos, Angélica convenceu-o a voltarem para sua casa e entrarem escondidos em seu quarto, esperando que seu pai voltasse e convencesse dona Marta a deixa-los juntos. E assim, fizeram, como dois ladrões que furtivamente espiassem a casa, entraram pela janela e contornaram dona Marta, que da cozinha não imaginava o que estava acontecendo.
As oito horas, quando seu Afrânio chegou em casa, Angélica correu paras seus braços e, choramingando, contou toda a história para ele. Seu Afrânio, que tinha mais amor por sua filhinha do que por sua propria vida, mandou Angélica trazer Bernardo para baixo, para que ele o conhecesse.
Seu Afrânio ficou encantado com os bons modos de Bernardo, não resistindo, convenceu dona Marta a deixar os dois juntos. De tanta felicidade, Angélica e Bernardo davam pulos e gritos por toda a sala. Seu Afrânio não resistiu e entrou na brincadeira.
E como vocês já devem ter imaginado, Angélica e Bernardo estão até hoje juntos, mais apaixonados do que nunca. Angélica ainda passa as noites acariciando o pelo sedoso de Bernardo, menos quando ele inventa de subir para o telhado e fica miando pra lua!

|

Powered by Blogger

Thunderbird em português Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com