Sinceros

Confusões, esperanças, sonhos, ambições. Todas as divagações que três mentes, distantes no espaço mas não no tempo, podem alimentar serão expostas neste blog. O tudo e o nada servirão de temas para as excentricidades destes loucos!

quinta-feira, outubro 13, 2005

As coisas nao se perderam

Tenho que confessar que até o meu caderno de anotar a vida anda abandonado, esquecido numa gaveta ao lado da minha cama, meus livros já nao são mais percorridos pelos meus dedos com a mesma ânsia que costumavam ser. As histórias já se perderam na minha mente, e dezenas delas já se confundiram com tantas outras que eu tinha para contar, mas entre ter que dizer que a vida anda açoitando os meus sentidos, e destruindo partes significativas da minha sanidade, preferi calar-me. Como faço todas as vezes que posso, abro o blog, esperando por algum texto incrível e vejo que todos estamos sofrendo de uma certa inércia macabra. E, pelo menos da minha parte, devo confessar, que uma das poucas convicções que eu tinha, foi duramente golpeada, nos últimos meses, destroçaram toda a minha crença de que os meus textos talvez tivessem algo de bom, e que eu tivesse, ao menos um pouquinho, o dom de escrever, virar as palavras do avesso e com elas fazer algo com cor, forma, som e sentimento. Tenho grandes dúvidas de que vou conseguir restabelecer algo que havia em mim que acreditava que eu era boa nisso. Mas as coisas nao se perderam, esse blog continua sendo motivo de perder o fôlego toda a vez que encontro um texto de vocês dois. Ainda estou bem aqui, embora ninguém consiga perceber...

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Negrume

Desolação...
Deserto...
Solidão...
Será que estas palavras servem para definifir o atual estado deste blog, ou tambem destes que aqui escrevem?
Acredito que não. Que as meninas que compareciam aqui com belissimos textos só cansaram da brincadeira. Atentas a seus afazeres, suas vidas, suas esperanças e sonhos, deixaram este espaço diminuto pelo grande espaço da vida.
Preferem escrever suas historias veridicas com as mesmas lagrimas e sorrisos com que escreveram aqui, porem com fins mais palpaveis que o simples olhar de um ente distante.
De minha parte, estou sim desiludido, desertico, solitário.
Se demoro a escrever é porque o banzo cotidiano me impede, a ineficacia de meus neurônios se acentua a cada dia, perpetrando a falta de otimismo que me é peculiar.
Minha poesia continua encravada no mais fundo, mais recondito lugar do coração, porem não existe mais ninguem capaz de retirar os entulhos que sobre ele se acumulam.
Talvez se mais forte, menos apegado a essa vida mediocre eu fosse, faria bem em sair da vida e continuar na obscuridão. Mas nem para isso tenho forças.
Nesses dias negros, em que só escrevo textos negros, pesa sobre este pobre blog as sombras que perspassam a alma deste escrevinhador. Por isso peço: Meninas, dêem luz a este recanto, glorifiquem a vida, já que este que vos escreve deixou para trás os dias de textos menineiros...

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